terça-feira, 3 de abril de 2018

prazer, bico de pena

A maioria dos meus desenhos que não viram a luz do sol ultimamente tem sido fruto de duas ferramentas: pincel e bico de pena. Eu já sou muito íntimo do nanquim e das canetas descartáveis e além de, claro, querer expandir o leque de opções pra arte-final, às vezes as coisas precisam de um determinado meio pra chegar no resultado que a gente quer.

Com o tempo levei a mim mesmo a encarar certos erros como contribuições do acaso no desenvolvimento da obra final - isso dentro de trabalhos onde certa coerência técnica é exigida por mim mesmo. Até porque meu traço, as cores que uso, tudo o que eu solto no papel tem muito a ver com a forma que eu estou me sentindo naquele momento, então essa mãozinha do acaso só contribui. E se ficar completamente execrável? Não faz mal, eu refaço tudo até ficar satisfeito porque desenho não é "dom de deus" (ô caralho).

Soltei no instagram, no último domingo, essa moça (que apareceu na minha cabeça como uma Dua Lipa de outra realidade) que representou muito pra mim novos lugares onde posso chegar com o bico de pena e como certos desvios da falta de experiência contribuem pro resultado final.
-Alô. Tô ligando pra saber como você está.